Brasil supera 29 GW de potência instalada em energia solar, informa Absolar

A notícia de que o Brasil ultrapassou a marca de 29 gigawatts de potência instalada da fonte solar fotovoltaica somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 13,1% da matriz elétrica do país, é um indicador importante do progresso do país na transição para fontes de energia renováveis.

Isso é especialmente significativo considerando-se o fato de que o Brasil é um dos maiores consumidores de energia elétrica do mundo, com uma matriz elétrica ainda muito dependente de fontes de energia não renováveis.

Desde julho do ano passado, a fonte solar – segunda maior do país em potência instalada, perdendo apenas para as hidrelétricas -, tem crescido, em média, 1 GW por mês.

Em julho do ano passado a potência instalada era de 16,4 GW. O crescimento vem sendo puxado pela geração distribuída (GD), que soma 20,5 GW de potência instalada, decorrente de R$ 101,7 bilhões em investimentos.

Já os grandes parques solares (geração centralizada) somam 8,5 GW de potência instalada, fruto de R$ 42,2 bilhões em novos investimentos.

De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados.

Além disso, o aumento da energia solar também já evitou a emissão de 36,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, informa a Absolar.

Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e fortalece a vocação do país para produção de hidrogênio verde.

“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz.

Ele informa que segundo estudo da consultoria Mckinsey o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V.

Para isso, os investimentos em energia limpa têm um papel fundamental nessa transição, e o Brasil é um dos países que têm um enorme potencial de investimento nessa área. Com a necessidade de desenvolver projetos de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como energia solar e eólica, o país deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período.

Esses investimentos devem incluir a construção de usinas solares e eólicas, bem como linhas de transmissão para conectar essas usinas ao sistema elétrico nacional. Além disso, devem ser construídas unidades fabris para a produção de equipamentos de geração de energia limpa, como turbinas eólicas e painéis solares, e estruturas associadas, como terminais portuários, dutos e armazenagem.

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