Curitiba inaugurou no dia 29 de março, aniversário de 330 anos da capital, a chamada Pirâmide Solar do Caximba. É a primeira usina de energia solar instalada sobre um aterro sanitário desativado da América Latina.

O projeto da prefeitura, que receber investimentos de R$ 28 milhões através de um financiamento internacional, começou em 2021.

Com capacidade instalada de 4,55 MWp de geração, a nova usina já está injetando a energia gerada na rede da Copel, através de uma rede de transmissão com sete quilômetros de extensão que vai até a Subestação de Fazenda Rio Grande.

A previsão é de uma economia de R$ 2.65 milhões por ano aos cofres do município, o que represente 30% dos gastos de energia de todos os prédios públicos municipais, de acordo com a concessionária.

De acordo com o governador de Curitiba, Ratinho Junior, a cidade tem vocação sustentável reconhecida.

Na solenidade, o governador também sancionou a lei que institui Curitiba como a Capital dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

De acordo com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, a iniciativa é uma solução ao passivo ambiental criado após a desativação do aterro, já que o local não pode ser utilizado como área residencial, comercial ou industrial.

A implantação da usina acontece em um momento de revitalização da região, com o projeto do Bairro Novo da Caximba, que é apoiado pelo Governo do Estado.

O Instituto Água e Terra (IAT) doou um terreno na Vila 29 de Outubro, uma Área de Proteção Ambiental (APA), para viabilizar a iniciativa. O terreno tem cerca de 800 mil metros quadrados e valor estimado de R$ 240 milhões.

O projeto vai promover o reassentamento de 1.147 famílias que hoje vivem em situação de vulnerabilidade social e sanitária e que ocupam a área.

Com o financiamento de US$ 57 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Bairro Novo do Caximba será o primeiro bairro inteligente do Brasil e o maior projeto socioambiental da história recente da Capital.

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